sexta-feira, 20 de setembro de 2013

******VELHAS BOAS MUSICAL******
Esta semana : Cantando no Banheiro - Eduardo Dusek

Cantando no banheiro
Berrando no chuveiro
Deixo logo o meu corpo
Inteirinho ensaboado

Papai bate na porta
A maçaneta entorta
Eu não abro
Mamãe diz
Que tá morta de vontade
Não importa!
Eu não abro

Não adianta
Ninguém da família
Pedir prá entrar
Eu não pretendo
Nenhum dos meu hábitos
Modificar
A minha irmã diz
Que tá apertada
Fica falando
Que tá por um triz
O que é que eu faço
Se é no banheiro
Que eu me sinto feliz...

domingo, 8 de setembro de 2013

Muito antes de ser cantor, Eduardo (Gabor) Dusek começou a carreira artística como pianista de peças de teatro aos quinze anos, quando estudava na Escola Nacional de Música. Mais tarde passou a compor suas próprias canções e montou uma banda, que acabou apadrinhada por Gilberto Gil. A partir de 1978 já tinha algumas composições gravadas por nomes de peso da MPB, como As Frenéticas (o samba "Vesúvio"), Ney Matogrosso (o fox "Seu tipo") e Maria Alcina (o frevo "Folia no Matagal", dois anos depois regravada por Ney Matogrosso) - todas em parceria com Luís Carlos Góis. Suas composições buscavam aliar sátira e bom humor. Em 1980 participou do festival MPB Shell da Rede Globo com a debochada canção "Nostradamus", que não se classificou mas ficou conhecida pelo público. Por essa época gravou o primeiro LP, Olhar Brasileiro. Mas o estouro sucesso viria em 1982, quando flertou com o ainda incipiente pop/rock, no LP Cantando no Banheiro!, com "Barrados no baile" (com Luís Carlos Góis), "Cabelos negros" (Com Luiz Antonio de Cássio) e "Rock da cachorra" (Leo Jaime). Dois anos depois, notabilizou-se com o LP Brega-chique, cuja faixa-título, mais conhecida como "Doméstica", fazia uma sátira social, bem no clima do teatro besteirol da época. Em 1986, lançou Dusek na Sua, com "Aventura" e com "Eu Velejava em Você", uma das mais tocantes músicas da MPB, depois regravada por Zizi Possi . Em 1989 voltou à cena com o musical "Loja de Horrores", em que atuava no papel de dentista. Nos anos 90, afastado da função de cantor, interpretou a personagem do Capitão-Mor Gonçalo na novela "Xica da Silva", da extinta Rede Manchete; atuou como diretor de espetáculos e, no fim da década, voltou a apresentar alguns trabalhos como humorista e cantor, um deles sobre Carmen Miranda.