segunda-feira, 12 de setembro de 2011


VELHAS BOAS ATUALIDADES


Em meados de 2010, Lenny Kravitz achava que seu novo disco de estúdio estava bem encaminhado. O prosseguimento a 'It’s Time for a Love Revolution’ (2008) era, segundo ele, “um álbum com muito funk, bem interessante”, e já estava quase completo.

Então as coisas mudaram.

“Enquanto estava terminando aquele outro álbum”, conta Kravitz, "comecei a escrever outras canções. Elas vinham do nada, e não tinham nenhuma relação com o que eu estava fazendo. No começo, imaginei: 'Bem, eu as colocarei de lado por enquanto, mexo com elas depois’. Mas elas continuaram vindo, uma, duas, três, quatro delas. E eu estava sonhando grande parte das músicas.

Elas estavam simplesmente vindo a mim, e era algo muito fluido. Senti que precisava fazer aquilo imediatamente’'.

“Naquele ponto”, diz ele, "você pode seguir seus planos ou seu ego o que for, ou você vai onde o espírito criativo o está levando – e eu sempre sigo isso. Então tive de dizer: 'Bem, acho que este é o caminho que tomarei’. E parti para fazer 'Black and White America’''.

O álbum de 16 faixas, que o próprio Kravitz produziu e onde ele toca a maioria dos instrumentos, ainda tem seu lado de funk, incluindo o primeiro single, 'Stand’, e a jam da velha guarda 'Super Love’. Mas as outras faixas levam Kravitz muito longe, dos fortes riffs de 'Rock Star City Life’ e 'Come and Get It’, que a NBA usou para anúncios publicitários promocionais, à atmosfera arejada de 'I Can’t Be With You’, a sensação psicodélica de 'Sunflower’, que traz participação de Drake, e os tons de reggae de 'Boongie Drop’, uma colaboração com Jay-Z e DJ Military. “Sou completamente esquizofrênico, e adoro isso”, explica o cantor/compositor de 47 anos, que vive em Miami mas também passa tempos nas Bahamas – onde gravou parte do disco. "Tentei fazer um álbum que tivesse um tipo de som do começo ao fim, e não consigo. Quando vou para a esquerda, quero ir para a direita. Quando vou para cima, quero ir para baixo’'. “Tenho tantos estilos musicais dentro de mim”, afirma ele. ``Enquanto crescia, escutei a todos os tipos de música e isso está em mim, e é como sou. Então o álbum sempre sai dessa forma, atirando para todos os lados’'.

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